Lesson 1: Thinking about the future
Site: | LMS of London School of Design and Marketing |
Course: | LSDM MA Marketing 360º Experience |
Book: | Lesson 1: Thinking about the future |
Printed by: | Guest user |
Date: | Monday, 27 June 2022, 10:25 AM |
1. Estar preparado para o futuro
Estar preparado para o futuro

“Ser digital é diferente. Não estamos à espera de nenhuma invenção. Está aqui. É agora. É quase naturalmente genético, uma vez que cada geração se tornará mais digital do que a anterior."
Pensar no futuro é estar preparado. Se os líderes se perderem nas suas tarefas diárias, serão menos valiosos para as suas organizações, instituições e comunidades, quando, na verdade, eles são necessários para pensar no futuro e preparar-se hoje para os desafios do amanhã.
É por essa razão que devemos despender tempo para olhar para o "panorama geral" e pensar concetualmente sobre aquilo que nos rodeia que ainda não faz verdadeiramente sentido e que tem implicações pouco claras, e tentar responder à pergunta: ... E se?
Na verdade, devemos explorar a nossa capacidade para descrever e imaginar o futuro e estar preparados para ele.
E, assim, traçar um caminho que nos permita tomar melhores decisões.
Nesta unidade, dar-lhe-emos um enquadramento para o ajudar a pensar no futuro e esperamos que esta unidade o ajude também a estimular o pensamento estratégico, através da identificação de tendências críticas e possíveis descontinuidades.
Ao longo deste processo serão sempre apresentados exemplos práticos que ajudarão a explicar cada um dos temas. E começaremos com a subsequente palestra de Juan Enríquez, que nos explica que o futuro será diferente, que devemos abandonar a nossa zona de conforto, reiniciar-nos e estar preparados para os novos desafios do futuro, pois segundo o orador: "Para gerir crises... temos que olhar a longo prazo."
EXEMPLO 1 Perspetivas científicas estonteantes Por Juan Enriquez
Juan Enriquez subiu ao palco para dizer que: O grande reinício ainda não chegou. Mas não o procuremos no boletim de voto nem na Bolsa. Ele virá dos laboratórios científicos, e dar-nos-á um corpo e um espirito mais aptos. Os nossos filhos vão ser... diferentes.
Assim, prepare-se para o futuro e desfrute a viagem!
2. O que fazem exatamente os futuristas?
O que fazem exatamente os futuristas?
De acordo com o dicionário da Oxford, a definição de futurista é: “Uma pessoas que estuda o futuro e faz previsões sobre o mesmo, com base nas tendências atuais.”
Na verdade, os futuristas estudam possíveis alternativas - as prováveis, e apresentam opções e expressam preferências que poderiam conduzir a um futuro específico - o preferível.
Por vezes escrevem histórias e tentam prevenir e inventar o futuro, aquilo que chamamos de ficção científica.
Qual o interesse dos seres humanos no futuro?
A ficção científica demonstrou, inúmeras vezes, ser a inspiração para muitas das invenções atuais e dos desenvolvimentos tecnológicos comuns:
Por exemplo, "2001: Odisseia no Espaço" é um filme de ficção científica épico, de 1968, sobre a evolução. Algures num passado distante, alguém ou algo deu um empurrão à evolução, ao colocar um monólito na Terra. Então, a evolução permitiu à humanidade alcançar a superfície lunar, onde está outro monólito, um que assinala a evolução da humanidade até esse momento. Aí, dá-se início a uma competição entre computadores e seres humanos para alcançar os monólitos. O vencedor alcançará o próximo passo da evolução, seja ele qual for. O filme foi produzido e realizado por Stanley Kubrick. O guião foi escrito por Kubrick e Arthur C. Clarke e foi parcialmente inspirado pelo conto de Clarke "O Sentinela". De facto, certa vez, Clarke descreveu a ficção científica como "a única droga que expande verdadeiramente a consciência".
"Relatório Minoritário" é um filme de ação, thriller-mistério e cyberpunk, de 2002, realizado por Steven Spielberg e baseado livremente no conto com o mesmo nome, escrito por Phillip K. Dick, em 1956. O tema principal do filme centra-se na questão do livre-arbítrio versus determinismo. O filme tenta perceber se o livre-arbítrio pode existir se o futuro for estabelecido e conhecido de antemão. Explora ainda temas como o papel da governação preventiva na proteção dos cidadãos, o papel dos meios de comunicação social num estado futuro onde os avanços tecnológicos tornam a sua presença quase ilimitada, a potencial legalidade de um procurador infalível e o tema recorrente de Spielberg sobre famílias desestruturadas. O filme apresentou inúmeras tecnologias de futuro fictícias, que perante os posteriores desenvolvimentos mundiais se revelaram proféticas. Antes do início da produção do filme, o realizador Steven Spielberg convidou quinze peritos para estes imaginarem quais as tecnologias que seriam desenvolvidas antes de 2054.
Sarah Jones muda de personagem com simples trocas de guarda-roupa. Num desempenho de rir às gargalhadas, convida para o palco 11 "amigos" do futuro —desde uma latina de fala rápida a um polícia sincero — e faz-lhes perguntas que todos queremos ver respondidas.
3. Invenções e Previsões
Invenções e Previsões
A ficção científica é verdadeiramente fascinante pois as suas invenções e previsões têm uma estranha forma de se tornarem realidade. Seis exemplos:
![]() | “Aprender nunca esgota a mente.” Filósofo renascentista, preocupado com o futuro, cujas obras poderiam fazer parte atualmente da disciplina de previsão tecnológica. Da Vinci esboçou ideias para usos futuros que iriam (ou poderiam) ser inventados no futuro:
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![]() Nostradamus (1503-1566) | “A vida é uma série de escolhas.” Um dos filósofos mais famosos, com um pensamento futurista de longo alcance: a sua obra é conhecida como "As profecias". Nostradamus escreveu o seu primeiro conjunto de Quadras, previsões de quatro linhas, em 1555, e as previsões dos seus livros estendem-se até aos dias de hoje. Entre as suas profecias, encontramos o grande incêndio de Londres, a revolução francesa ou a bomba atómica. ![]() |
![]() Mary Shelley (1797-1851) | “Cuidado; Sou destemido e, portanto, poderoso.” Mary Shelley foi uma novelista inglesa, escritora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de viagens, mais conhecida pela sua novela gótica “Frankenstein: ou, o Moderno Prometeu” (1818). O livro conta a história de Victor Frankenstein, um estudante suíço de ciências naturais que cria um homem artificial a partir de pedaços de cadáveres e, mais tarde, dá vida à sua criatura. Ainda que inicialmente procure afeto, o monstro acaba por repugnar todos aqueles com quem se encontra. Solitário e miserável, o monstro vira-se contra o seu criador, que eventualmente morre. |
![]() Jules Verne (1828-1946) | "A ciência, meu rapaz, é feita de erros, mas de erros que é bom cometer, pois levam, pouco a pouco, à verdade." O novelista francês é mais conhecido pelos seus romances de aventura e pela sua profunda influência no género literário de ficção científica. As suas obras incluem "Viagem ao Centro da Terra" e "Vinte Mil Léguas Submarinas". |
![]() H.G. Wells (1866-1946) | “A ciência, serva bastante competente, permanece atrás dos seus mestres belicosos e rudes, a oferecer recursos, procedimentos e soluções; mas eles são demasiado estúpidos para os utilizar... E do ponto de vista material, uma Utopia moderna deve demonstrar que aceitou esses dons."
Em "A Máquina do Tempo", Wells definiu grande parte da ficção científica moderna com esta história de viagens no tempo, que questiona a humanidade, a sociedade e o nosso lugar na terra. |
![]() Philip Kindred Dick (1928-1982) | “No centro de um universo irracional governado por uma Mente irracional está o homem racional.” |
4. Porque é que o nosso mundo precisa de ficção científica?
Porque é que o nosso mundo precisa de ficção científica?
Apesar de não haver uma definição universalmente aceite, a ficção científica normalmente ocupa-se de mundos que diferem do nosso, como resultado de novas descobertas científicas, novas tecnologias ou diferentes sistemas sociais. De seguida, analisa as consequências desta mudança.
Devido a esta ampla definição, a ficção científica pode ser utilizada para refletir sobre questões relacionadas com a ciência, a política, a sociologia e a filosofia da mente, bem como sobre qualquer pergunta sobre o futuro. Assim, a ficção científica é importante por três razões:
1 - Contemplar mundos que são logicamente possíveis.
A ficção científica pode ser usada para explorar o nosso lugar no universo e refletir sobre questões filosóficas fundamentais da natureza da realidade e da mente.
2 - A ficção científica pode inspirar mais pessoas a tornarem-se cientistas, futuristas, filósofos e empreendedores.
Carl Sagan foi influenciado por Robert A. Heinlein e o físico teórico Michio Kaku desfrutou da série de televisão Flash Gordon quando era criança.
3 - A ficção científica é o único género que descreve a forma diferente como a sociedade poderia funcionar.
Este é o primeiro passo para o progresso, uma vez que nos permite imaginar o futuro que queremos e pensar em formas de trabalhar para o alcançar. Torna-nos ainda conscientes dos futuros que desejamos evitar e ajuda-nos a preveni-los.
Na apresentação de Etienne Augé, no evento TEDx Erasmus University, deu a sua definição de ficção científica: ”A ficção científica á a prevenção e a invenção do futuro”. Ele tentou ainda responder à pergunta: Porque é que o nosso mundo precisa de ficção científica?
Na verdade, o futuro não existe. A ficção científica está cá para prevenir e inventar o futuro.
A ficção científica é a prevenção e a invenção do futuro, não a previsão.
No âmbito da ficção científica, a pergunta fundamental é a seguinte... E se?
E se, por exemplo, pudéssemos voar até Marte?
Faz frequentemente perguntas com a expressão "e se"?
5. Como será o futuro?
Como será o futuro?
Diariamente, acompanhamos a criação de nova tecnologia e conseguimos perceber como esta pode fazer com que haja uma mudança. Por exemplo, hoje em dia, temos computadores pessoais, Internet, Smartphones, voos espaciais, robôs, inteligência artificial, transplante de órgãos, impressoras 3D. Até há alguns anos, a humanidade pensava que todas estas coisas só eram possíveis em filmes de ficção científica.
Mas, será suficiente?
A verdade é que ainda precisamos de alguns avanços fundamentais para conseguir que esse futuro seja amplamente distribuído, para conseguir que toda essa nova tecnologia chegue à vida de todos. O tempo mostrou-nos que na história das nações, das organizações, das instituições, das comunidades e na história de vida do Homem há momentos em que os alicerces da existência ruem.Em alturas de queda livre, os fundamentos que conduziram as nossas decisões e ações deixam de se aplicar.
A nossa base de conhecimentos não nos dá alicerces óbvios para o raciocínio e para a tomada de decisões.
Para triunfar, devemos construir e implementar novos modelos conceptuais.
Por isso, precisamos da previsão, da capacidade de pensar no futuro.
A previsão é o processo de desenvolver um leque de possíveis perspetivas de evolução do futuro, e compreendê-las de forma a ser possível determinar que decisões tomar hoje para criar o melhor amanhã possível.
Existem extensos bancos de dados de tendências e informação, passadas e presentes, que sinalizam a probabilidade.
Frequentemente, é difícil discernir todos esses sinais.
Por exemplo, havia fragmentos de informação aparentemente, talvez, sem conexão nos meses e anos que antecederam:
- A crise de preços de petróleo dos anos 70;
- A queda do Muro de Berlim;
- O aparecimento das economias de mercado livre nos países do Bloco de Leste, controlados pelo antigo Bloco Soviético;
- Os eventos relacionados com as alterações climáticas;
- Os trágicos atentados terroristas de 11 de setembro.
Talvez se tivéssemos sido capazes de entender melhor a informação, pudéssemos estar melhor preparados.
A previsão é levada a cabo no sistema de entidades organizacionais e está dependente de uma análise do ambiente interno e externo da organização em todas as suas dimensões.
Portanto, é uma análise com múltiplos níveis, englobando processos sistemáticos que procuram aumentar o conhecimento organizacional dos seus futuros possíveis, com o objetivo específico de impulsionar ações tangíveis.
O processo é ilustrado na Figura 2, abaixo:
À medida que a globalização e os avanços tecnológicos nos conduzem vertiginosamente para um novo futuro integrado, Ian Goldin avisa que nem todas as pessoas irão beneficiar dele equitativamente. Mas, segundo ele, se pudermos reconhecer este perigo, talvez consigamos descobrir a possibilidade de uma vida melhor para todos. Ian Goldin é o diretor da escola 21st Century School em Oxford. Através do programa de investigação, colaboração e educação da escola, está a desenvolver um novo pensamento interdisciplinar sobre problemas globais num futuro próximo e distante.
Como será o futuro?
Nestas palestras do TED tem a oportunidade de aprofundar este tema, vendo algumas das reflexões e visões mais inspiradoras de todo o futuro, desde os carros à Internet até à espécie humana:
De facto, a tecnologia faz-nos evoluir eo mundo mudou bastante, mas nós, seres humanos, somos movidos pelas mesmas necessidades básicas: a comida, o sono, o sexo, o desejo de sermos apreciados e amados.